O período sazonal da dengue mal começou e o Distrito Federal (DF) já sinalizou um aumento de 393,1% , no ano, de casos prováveis da doença se comparado a 2021. De acordo com os dados do Boletim Epidemiológico, atualizado na última sexta-feira (4), as infecções passaram de 13.225 para 65.211 casos entre os períodos. No que tange às regiões administrativas, Ceilândia é a que apresenta maior número de situações possíveis de dengue com o quantitativo de 11.050.
Em relação às hospitalizações, o levantamento da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) ressalta que 60 pessoas foram registradas em estado grave da dengue. Porém, as mortes também não se reincidiram. No total, já foram 11 casos contabilizados, sendo seis mulheres e cinco homens. As vítimas eram das seguintes regiões: Ceilândia, Lago Norte, Planaltina, Sobradinho e Sobradinho II.
A distribuição de casos por sexo, nesse sentido, reforça a base do boletim do DF. A incidência da dengue predomina o público feminino com 55,3% das possibilidades em detrimento de 44,6% do público masculino. A faixa etária alvo está dos 60 a 80 anos ou mais. A Capital Federal tende a ficar em alerta pela proliferação da infecção. A SES-DF, ao ser questionada sobre o que está sendo feito para amenizar os quadros, informou que há rondas diárias acontecendo, de segunda-feira a sexta-feira, para vistoriar as regiões.
“Semanalmente é realizada uma análise da incidência de casos por região e também das cidades em que há maior presença do mosquito. Após essa análise, as regiões que apresentam maior aumento passam a receber uma intensificação das ações, inclusive com o uso do UBV Pesado (fumacê), que é apenas uma das estratégias utilizadas no combate ao mosquito”, completou a Secretaria.
No entanto, no que se trata do tratamento dos casos graves da doença, a SES- DF, até o momento, não respondeu a respeito do que deve ser feito ou qual metodologia adotar. Além da Secretaria, o combate para a dengue tem o suporte do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF), DF Legal, Defesa Civil, Superintendência de Limpeza Urbana (SLU) e a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF).
Por Glenielle Alves sob supervisão de Larisse Neves.