Sucesso da Netflix, ‘Adolescência’ é o grande destaque do Emmy

Stephen Graham posa ao lado de Owen Cooper e Erin Doherty durante o 77º Primetime Emmy Awards no Peacock Theatre, em Los Angeles, em 14 de setembro de 2025 Foto: Frederic J. Brown / AFP

A minissérie “Adolescência”, da Netflix, foi o grande nome da cerimônia do Emmy realizada neste domingo, 13, em Los Angeles. O drama que acompanha a história de um jovem acusado de assassinar uma colega de turma conquistou seis estatuetas e consolidou sua força na temporada de premiações.

Explorando o impacto da masculinidade tóxica sob diferentes perspectivas, a produção chamou atenção não apenas do público — foram 140 milhões de visualizações nos três primeiros meses — mas também da crítica, com 13 indicações ao prêmio. Gravada em quatro episódios, cada um filmado em uma única tomada, a minissérie arrebatou categorias centrais da noite.

Stephen Graham, intérprete do pai do adolescente acusado, venceu como melhor ator em minissérie, além de conquistar os prêmios de direção e dividir o de roteiro. Já Owen Cooper, de apenas 15 anos, fez história ao se tornar o mais jovem vencedor da categoria de ator coadjuvante em minissérie. “É tão surreal”, declarou o estreante, emocionado.

Erin Doherty, que interpreta a terapeuta do jovem em um dos episódios mais intensos, também levou o Emmy de melhor atriz coadjuvante.

Além do triunfo de Adolescência, a noite premiou “The Studio” como melhor série de comédia, e “The Pitt” como melhor série de drama.

Da indústria ao hospital

O Emmy também consagrou duas produções em gêneros distintos: a sátira de Hollywood “The Studio”, da Apple TV+, na comédia, e o drama médico “The Pitt”, da HBO Max.

Na categoria de comédia, “The Studio” foi o grande destaque. A produção, que mistura carta de amor e crítica mordaz à indústria do entretenimento, chegou ao Emmy com 23 indicações — o maior número já obtido por uma série do gênero em um único ano — e saiu com 13 estatuetas, sendo nove delas já conquistadas na cerimônia técnica. Protagonista e cocriador, Seth Rogen brilhou ao vencer como melhor ator de comédia, além de subir ao palco outras vezes para receber os prêmios de melhor direção e melhor roteiro.

O gênero também reservou espaço para Hacks: Jean Smart levou o quarto Emmy da carreira como melhor atriz, enquanto Hannah Einbinder venceu como coadjuvante. No discurso de agradecimento, a jovem defendeu uma “Palestina livre” e criticou as operações migratórias do governo de Donald Trump.

Entre os dramas, a vitória foi de “The Pitt”, que superou a distópica “Ruptura”. Ambientada em um hospital de Pittsburgh, a série se passa durante um único turno caótico e conquistou prêmios importantes: Noah Wyle venceu como melhor ator de série dramática e Katherine LaNasa foi eleita melhor atriz coadjuvante.

“Ruptura” garantiu dois reconhecimentos: Britt Lower venceu como melhor atriz, e Tramell Tillman levou o Emmy de ator coadjuvante.

Discursos

Embora os discursos de agradecimento chamem a atenção em toda cerimônia, na 77ª edição do Emmy eles estavam no olho do furacão.

O apresentador Nate Bargatze decidiu manter as palavras de agradecimento sob controle com uma proposta inovadora. Ele abriu a cerimônia anunciando uma doação de seu próprio bolso de 100.000 dólares para a organização beneficente Boys & Girls Clubs of America.

O truque? Ele reduzia em tempo real 1.000 dólares de sua doação para cada segundo que um vencedor ultrapassasse dos 45 segundos permitidos. Como compensação, acrescentava 1.000 dólares para cada segundo que um vencedor economizasse de seu tempo. O placar terminou negativo, mas Bargatze e a emissora de TV compensaram o déficit.

Fonte: Istoé

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