Suspeito de matar adolescente tem prisão preventiva negada

Foto: PCDF

O suspeito de matar a adolescente Emily de Araújo no último sábado (10), teve a prisão preventiva negada. Segundo informações do MPDFT “não haviam elementos que justificassem a decretação da prisão preventiva para a garantia da ordem pública”. Na audiência de custódia, foi determinado que o suspeito, Vandir Correia da Silva, de 21 anos, seja monitorado com uma tornozeleira eletrônica e que não saia de casa entre 19h e 5h da madrugada.

Segundo a especialista em direito penal, Jéssica Marques, para que a prisão preventiva fosse decretada, seria necessário uma solicitação do MPDFT e o preenchimento dos requisitos do caso. Como Vandir, de acordo com a assessoria do MPDFT , não possui antecedentes criminais, tem endereço fixo e trabalhos fixos, além de ter se apresentado à polícia por vontade própria e colaborado com as autoridades, não foi necessário o decreto.

A especialista reforça que, no caso, a prisão preventiva pode ser reavaliada se o suspeito cometer algum agravante como, por exemplo, “ameaçar as partes do processo”. Já o MP informou que tudo depende do desenrolar das investigações. “Caso novas provas surjam a partir da investigação, é possível que o pedido de prisão preventiva seja feito”.

Relembrando o caso

A adolescente Emily de Araújo tinha 14 anos e foi encontrada sem vida nas proximidades da Floresta Nacional, em Taguatinga, no último sábado (10). O suspeito de cometer o crime, Vandir, foi preso em flagrante após ter tido relações sexuais com a vítima e ocultado o corpo da adolescente. Segundo as informações do MPDFT, Vandir “afirmou que teria perdido os sentidos depois da relação sexual com a vítima e quando voltou a si, a jovem já estaria morta”.

Vandir levou, por livre e espontânea vontade, a polícia até o local onde abandonou o corpo da jovem. As investigações seguem sob responsabilidade da 17ª DP de Taguatinga Norte. Caso seja condenado, conforme o decorrer das investigações da polícia, pode responder pelos crimes de destruição, subtração de cadáver e feminicídio. O MPDFT ressalta que o acusado do crime “não confessou ter matado a jovem”, mas sim confessou que esteve com ela.

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