O Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) barrou os repasses da Secretaria de Educação do Distrito Federal (SE-DF) à empresa DD7, envolvida em um suposto esquema de superfaturamento na compra de mobílias e equipamentos para as escolas da região. Segundo o TCDF, o caso ainda está em tramitação no órgão em que são analisados os atos de contratação na casa dos R$21,6 milhões. A decisão de suspender os pagamentos foi determinada no último dia 28 de junho.
A DD7 foi contratada pela SE-DF em janeiro de 2023, mas se tornou alvo de investigações, em junho, por possíveis irregularidades nas negociações com o Governo. A contratação foi reportada no próprio Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) em 24 de janeiro. Segue abaixo a menção na edição do dia:
As apurações da Delegacia de Repressão à Corrupção (DRCOR) indicam que um mais um grupo estaria relacionado no esquema devido suspeitas de um aumento de 88% na ata de registros dos preços. No caso, o valor de R$ 21,6 milhões teria sido alterado para R$40,7 milhões. Na primeira fase da operação denominada como “Mobiliário de Ouro”, a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) chegou a cumprir 14 mandados de busca e apreensão.
Tanto o DF quanto a Cidade Ocidental (GO) tiveram medidas expedidas para a vistoria dos endereços das empresas. A PCDF informou que de cinco empresas que concorriam para a contratação dos serviços, três teriam o mesmo contador. A DD7, a vencedora, também entraria nesse último grupo. “Constatou-se, nas investigações, que algumas propostas também foram apresentadas no mesmo formato, o que confirma a fraude”, disse, na época, o delegado Ricardo Gurgel.