Servidores terceirizados do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) que trabalham em Brasília estão com os salários do mês de Março atrasados. Os repasses deveriam ter sido feitos até o cinco dia útil de Abril, no caso, até a última segunda-feira (10). O problema com o pagamento do salário e de benefícios acontece pelo terceiro mês seguido.
Segundo funcionários do Iphan, em fevereiro, o salário e o ticket refeição não foram depositados no prazo estipulado no contrato. Já em Março, o atraso foi no ticket refeição. E agora, em Abril, afetou mais uma vez os vencimentos mensais.
Uma servidora que não quis se identificar afirmou que não houve o pagamento de multa referente aos atrasos em nenhuma das situações. “Em fevereiro, a empresa depositou o nosso salário 13 dias depois do que esperávamos. Teve gente que precisou fazer empréstimos para pagar contas urgentes. Esse problema recorrente causa uma sensação de instabilidade”, complementou a entrevistada.
A empresa responsável pelos terceirizados do Ibama e do Iphan é a T&S -Terceirização de Mão de Obra em Geral. Eles atuam com o Iphan desde julho do ano passado. O contrato prevê a terceirização de 87 funcionários que ocupam vagas em três funções: auxiliar administrativo, assistente técnico administrativo – nível I e assistente técnico administrativo – nível II.
A T&S recebe mensalmente do Governo Federal mais de R$ 746 mil, valor referente apenas ao contrato com o Iphan. O repasse anual é de quase R$ 9 milhões. No site da T&S, é possível ver que a empresa atende diversas entidades públicas. No Rio de Janeiro, ela tem contrato com a Prefeitura da capital carioca e com as Secretarias Municipais de Saúde e de Educação. A organização também tem como clientes a Receita Federal e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em nota oficial publicada na tarde desta terça-feira (11), o Iphan informou que o contrato com a T&S está em dia. No entanto, caso o pagamento não seja feito e persista o problema, o próprio órgão deve fazer o pagamento direto aos servidores.
O Instituto do Patrimônio Histórico relatou ainda mantém comunicação com os colaboradores. O fiscal substituto do contrato pelo Iphan, Márcio Alves Júnior, encaminhou um ofício pedindo explicações para a empresa T&S. No documento a que tivemos acesso, foi dado o prazo de cinco dias úteis para que o pagamento dos salários dos colaboradores seja feito, sob pena de sanções administrativas.
A equipe da Atividade News tentou contato com a T&S e com o Ibama, mas até o fechamento desta reportagem não teve retorno.