Declarada neste sábado (23) como emergência de saúde global, a varíola dos macacos costuma causar erupções na pele, que se espalham pelo corpo.
Veja os sintomas iniciais mais comuns:
- febre
- dor de cabeça
- dores musculares
- dor nas costas
- gânglios (linfonodos) inchados
- calafrios
- exaustão
Dentro de 1 a 3 dias (às vezes mais) após o aparecimento da febre, o paciente desenvolve uma erupção cutânea, geralmente começando no rosto e se espalhando para outras partes do corpo.
As lesões passam por cinco estágios antes de cair, segundo o Centro de Controle de Doenças (CDC) dos Estados Unidos. A doença geralmente dura de 2 a 4 semanas.
Como se proteger
O uso de máscaras, o distanciamento e a higienização das mãos são formas de evitar o contágio pela varíola dos macacos. Em entrevista neste sábado (23), o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus informou que, com as ferramentas disponíveis, será possível controlar o surto e parar a transmissão.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) reforçou a adoção dessas medidas, frisando que elas também servem para proteger contra a Covid-19.
“Tais medidas não farmacológicas, como o distanciamento físico sempre que possível, o uso de máscaras de proteção e a higienização frequente das mãos, têm o condão de proteger o indivíduo e a coletividade não apenas contra a Covid-19, mas também contra outras doenças”, disse a agência.
Casos no Brasil e no mundo
O Ministério da Saúde contabilizou, até esta quinta-feira (20), 592 casos confirmados de varíola dos macacos (monkeypox) no Brasil.
Mais de 16 mil casos já foram relatados em 75 países, disse o diretor-geral da OMS. A situação é mais grave na Europa. No restante do mundo, o risco é relativamente moderado.
A decisão deste sábado pode levar a um maior investimento no tratamento da doença e avançar na luta por vacinas, que estão em falta.
Segundo o diretor-geral da OMS, somente metade dos países com casos registrados de varíola dos macacos tem acesso garantido às vacinas.
Já o diretor de emergências da OMS, Mike Ryan, diz que ser vacinado não dá proteção instantânea contra a doença.
Fonte: G1