A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) cumpriu 19 mandados de busca e apreensão nas regiões de Águas Claras, Samambaia e Planaltina. Além do DF, outros estados do país foram alvos de investigação. É o caso de Pernambuco (PE), Mato Grosso (MT), Mato Grosso do Sul (MS) e Rondônia (RO). De acordo com a corporação, foram embargados documentos, bens de luxo e quatro veículos. 14 contas bancárias foram ainda bloqueadas durante a ação na última segunda-feira (24).
As atividades da polícia fazem parte da 2ª fase da operação “Sistema” que investiga, desde maio deste ano, uma associação criminosa de venda de drogas. Nessa nova etapa das investigações, constataram que os suspeitos faziam uso de laranjas, um deles morador de rua, para a lavagem de dinheiro. Os criminosos usavam o nome do homem para as movimentações.
As apurações da 1ª fase indicaram que a associação conseguiu driblar mais de R$ 2 milhões com depósitos em empresas fantasmas de Minas Gerais (MG).
Modus operandi: Como a associação funcionava
Os suspeitos abriram empresas fantasmas, duas delas no DF, para que as transferências milionárias fossem feitas sem o acréscimo de impostos e fora do alcance da fiscalização. O objetivo dessas movimentações era lavar o dinheiro do tráfico de drogas.
No boletim divulgado nesta terça-feira (25), segundo a Coordenação de Repressão às Drogas (CORD), o que entregou as irregularidades foram as transferências entre os suspeitos durante a ação da polícia.
Até o momento, a PCDF ainda não tem o valor total desviado pela associação. A quantia segue em apuração com base na evolução da operação e os envolvidos na associação criminosa.
Por Glenielle Alves sob supervisão de Larisse Neves.