A decisão que levou ao fechamento de comércios na Vila Planalto nesta quarta-feira (10), apesar de ter se concretizado nesta manhã, é resultado de uma briga judicial que dura cerca de 22 anos. A diretoria do Clube Unidade de Vizinhança da Vila Planalto, fundada em 1992, informou que o espaço foi cedido com as documentações necessárias para que o clube pudesse realizar suas atividades.
O pedido de reintegração de posse teria ocorrido após denúncias de que o espaço não estaria sendo utilizado devidamente e teria causado danos materiais por conta da utilização do bem. Sobre as acusações, a diretoria do local afirma que houve comprometimento em revitalizar e realizar parcerias para o bem da comunidade, localizada dentro do Plano Piloto.
“Nós revitalizamos algumas coisas, que a gente conseguia, com a ajuda dos comércios. A gente construiu uma piscina, a cobertura da arquibancada, reformamos a quadra…”, pontuou a equipe. Entre idas e vindas, o pedido de reintegração mais recente entrou na Justiça em 2014, o que levou o Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDFT) a autorizar a operação de hoje.
Foram autuados o Clube Unidade de Vizinhança da Vila Planalto e os comércios ao redor da área. O Governo do Distrito Federal (GDF) e a Administração do Plano Piloto foram procuradas para exporem sua versão do caso, mas até o momento não deram posicionamento oficial. Caso haja algum pronunciamento, as informações serão atualizadas.
Reintegração de posse
Os proprietários dos estabelecimentos comerciais e funcionários, que ainda estavam trabalhando, precisaram deixar o local nesta quarta-feira (10). De acordo com um funcionário do Sertão e Mar Restaurante, os agentes entraram em todos os comércios. Ele afirmou que é uma situação muito triste. “Há mais de 25 anos que essa casa funciona. Temos todos os comprovantes […]. É muito triste fazer os funcionários perderem seus empregos”, detalhou.
O diretor responsável pelo Clube Unidade de Vizinhança Vila Planalto contou que o único local que permanecerá aberto é o Estádio Ciro Machado do Espírito Santo ou como é popularmente conhecido, Defelê.
O pedido de reintegração corre na Justiça desde 2014. A determinação para a operação foi oficializada na última segunda-feira (8) com o prazo de 48h para o cumprimento.
