O Diretório Central dos Estudantes da Universidade de Brasília (DCE-UnB) anunciou, para esta terça-feira (20), um ato contra a transfobia dentro da instituição a partir das 12h no Restaurante Universitário (RU). A iniciativa partiu após uma aluna trans ser alvo de preconceito no banheiro feminino. De acordo com a corporação, a autora direcionou a vítima utilizando pronomes masculinos e desrespeitou “a todo momento” a identidade de gênero da universitária. O caso ocorreu na última quarta-feira (14).
Em nota oficial, nas redes sociais, a DCE demonstrou indignação com o comportamento da aluna que menosprezou a colega. “Casos como esse não podem ser tolerados e pessoas trans devem ter toda a estrutura para se sentirem acolhidas e usarem os espaços físicos da universidade sem lidar com atos violentos e transfóbicos”, afirmou a central de estudantes.
A DCE ainda reforçou que está tomando providências sobre o caso. “O DCE repudia a atitude da aluna, está em contato com a Administração Superior para exigir as medidas cabíveis de acolhimento à estudante vítima de transfobia e cobrar uma posição em relação ao caso”, completou a central.
O caso vivenciado na UnB não é o primeiro caso do Distrito Federal. Apesar de se tratar de uma violência verbal, segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, em 2021 ocorreram 66 casos de lesão corporal contra a comunidade LGBTQIA+ na região. No que tange a população da Capital Federal, no mesmo período, foram contabilizadas 87.920 pessoas LGBTQIA +. É o que mostram os dados do Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF).
Esse quantitativo equivale a 3,8% da população com mais de 18 anos. Assim, sendo 1% de trans e 3% lésbicas, gays, bissexuais entre outros. Em relação a distribuição de pessoas nas regiões administrativas, Águas Claras, Plano Piloto e Sobradinho II são as áreas com o maior proporção de população LGBTQIA+.
Por Glenielle Alves sob supervisão de Larisse Neves.