Nesta sexta-feira (13), o governador afastado do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), se apresentou na sede da Polícia Federal (PF) para prestar depoimentos sobre a investigação de omissão à segurança. O representante, que ficará 90 dias distanciado do executivo do DF, chegou esta manhã. Ibaneis está sendo investigado pela possibilidade de corroboração aos ataques anti-democráticos no último domingo (8).
A equipe da Atividade News procurou a PF para saber se houve mais desdobramentos a respeito do caso e quais seriam os próximos passos da apuração após o depoimento, mas a corporação não tem permissão de divulgar preliminares. “A Polícia Federal não fornece informações sobre eventuais tomadas de depoimentos”, afirmou a assessoria da corporação.
Além da PF, a Atividade buscou os representantes de Ibaneis por telefone, porém também não teve retorno até o momento de publicação desta matéria. A última vez que Ibaneis se posicionou foi na segunda-feira (9) em nota oficial que reforçou sua “ inabalável defesa e crença nas instituições, no Estado de Direito Democrático, na observância das leis e da Constituição”.
Até então, a vice-governadora do DF, Celina Leão (PP), está no posto de Ibaneis. A decisão de retirar o governador partiu do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. A determinação veio após pedido da Advocacia-Geral da União (AGU), do senador Randolfe Rodrigues (REDE) e do diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues.
Na decisão, Alexandre avaliou o comportamento de Ibaneis como “dolosamente omissiva”. “Absolutamente nada justifica a omissão e conivência do secretário de Segurança Pública e do governador do Distrito Federal com criminosos que, previamente, anunciaram que praticariam atos violentos contra os Poderes constituídos”, complementa o ministro.
Nesse caso, o STF concordou que o afastamento do cargo é uma medida “razoável, adequada e proporcional” para manter a ordem pública. A sucessora de Ibaneis, Celina, com toda a movimentação apoiou Ibaneis. “ o governador eleito é um democrata, um homem que exerceu a presidência da OAB-DF e que sabe o que significa a ordem pública”, publicou Celina em suas redes de comunicação.