Influenciadoras do DF são presas por fazer propaganda de ‘vapes’ com essência de maconha

Prisões ocorrem por meio da Operação Nárke, coordenada pelo Ministério da Justiça, que investiga tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. Grupo é investigado por contratar influenciadores em esquema de comércio ilegal.

24 de abril de 2024 77 visualizações
Postado 2024/04/24 at 9:23 AM
Foto: Divulgação/PCDF

Três influenciadoras digitais do Distrito Federal são investigadas por fazer propaganda de “vapes”, vaporizadores eletrônicos, com essência de maconha. Rhaynara Didoff, Elisa de Araújo Marden e Letícia Susane Correia Castro foram presas pela Polícia Civil (PCDF) na manhã desta quarta-feira (24). A TV Globo e o g1 tentam contato com as defesas das jovens.

Imagem mostra influencer divulgando vape com maconha — Foto: Reprodução

As prisões correm por meio da Operação Nárke, coordenada pelo Ministério da Justiça, que investiga crimes de tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e contra a saúde pública (veja detalhes mais abaixo). Ao todo, nove mandados de prisão e 12 de busca e apreensão já foram cumpridos no DF, em São Paulo e no Rio de Janeiro.

Segundo as investigações, uma organização criminosa manipulava óleo de canábis e envasava em refis de cigarros eletrônicos. O grupo mantinha websites e contas em redes sociais para o comércio online dos produtos. Para expandir as vendas, contratavam digital influencers de diversas partes do país para divulgá-los.

Os líderes do grupo estavam sediados no interior do estado de São Paulo, segundo a PCDF.

Investigação

Imagem mostra itens apreendidos, como balança de precisão e anotações — Foto: Divulgação/PCDF
Imagem mostra itens apreendidos, como balança de precisão e anotações — Foto: Divulgação/PCDF

As investigações apontam que o esquema funcionava assim:

  1. O grupo adquiria a maconha de fornecedores dos Estados Unidos. A droga, em grande quantidade, era remetida ao Brasil envasada em potes de cera de depilação;
  2. Depois, a droga era enviada de Foz do Iguaçu (PR) para a capital paulista, onde parte do bando a manipulava, envasando-a em refis de cigarros eletrônicos e outros suportes;
  3. O grupo misturava solventes ao óleo de canábis e aromatizantes, e informavam que estavam vendendo diferentes genéticas de maconha. Também diziam que estavam vendendo remédios para diversos tipos de doenças;
  4. Profissionais de TI do Rio de Janeiro eram responsáveis pela construção das plataformas de comércio eletrônico do grupo, colaborando com a lavagem de dinheiro a partir da automatização dos pagamentos e utilização de documentos e dados falsos no contato com a rede bancária;
  5. Para expandir as vendas, contratavam digital influencers de diversas partes do país para divulgar os produtos distribuídos pelo grupo.

De acordo com a PCDF, parte dos insumos para a construção dos cigarros eletrônicos para o consumo da canábis e para a elaboração de outros produtos vinham da China e do Rio de janeiro, de forma personalizada com a logomarca do esquema criminoso.

O grupo ainda adquiria contas bancárias em nome de terceiros e utilizava empresas fantasmas e documentos falsos para burlar a segurança de aplicativos bancários.

*Esta reportagem está em atualização

Fonte: G1

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