A menopausa é um processo natural, mas pode ter efeitos bem desconfortáveis para algumas mulheres. Para esse grupo, a redução hormonal é sentida com grande intensidade. As queixas são tantas que, voltar a ter qualidade de vida, parece ser um sonho.
A menopausa é definida. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), ela consiste na “ cessação permanente da menstruação por perda de função ovariana” e a “menopausa natural acontece depois de 12 meses consecutivos de ausência de menstruação sem causas patológicas”. A OMS preconiza ainda que a menopausa
ocorre entre os 51 e 55 anos. Para as brasileiras, a idade média da menopausa é de 51 anos, embora possa acontecer também em diferentes momentos da vida da mulher, como a menopausa considerada precoce antes dos 40 anos, a tardia após os 53 anos e a artificial após a retirada de um ou dos dois ovários.
A maioria das mulheres passam por este período sem queixas ou necessidade de medicamentos, enquanto outras apresentam sintomas que variam na intensidade, diversidade e duração, podendo permanecer por mais de 10 anos. Com o aumento da expectativa de vida das mulheres no país, a qual atualmente está em torno de 72 anos, acredita-se que muitas delas conviverão com os sinais decorrentes do climatério por vários anos de suas vidas.
Os riscos para a saúde associados à menopausa são: perda óssea/osteoporose, doenças cardíacas, diabetes, obesidade e declínio cognitivo.
Ondas de calor e sudorese, comuns neste período, podem ter como fatores de risco: grupos étnicos hispânicos, índice de massa corporal elevado, sedentarismo, tabagismo, ansiedade, depressão, uso de algumas medicações.
Em geral, o diagnóstico é clínico, mas testes complementares podem ser solicitados. O objetivo do médico é investigar a atividade de seus ovários.
A terapia de reposição hormonal (TRH) refere-se à administração oral, transdérmica
ou vaginal de estrogênio, progesterona e/ou testosterona para aliviar os sintomas e
melhorar a densidade óssea. Embora geralmente bem tolerado, um risco aumentado
de tromboembolismo venoso e câncer de mama foi associado à TRH. O receio dos efeitos colaterais, intolerância ou contraindicação aos estrogênios como terapia medicamentosa, dificuldades de acesso e o custo, favorecem a procura por terapias complementares não medicamentosas, entre elas terapias alternativas e o uso de plantas medicinais e fitoterápicos, que, aliados a um estilo de vida saudável, podem representar uma estratégia eficaz, de baixo custo e menor efeito colateral, para tratamento dos sintomas do climatério. Antidepressivos podem ser usados para controlar os sintomas neurovegetativos deste período.
Sanny Tavares
