Nariz entupido durante a gravidez?

7 de setembro de 2022 620 visualizações
Postado 2022/09/07 at 11:32 AM
Foto: Getty Images

Além da dificuldade da gestante encontrar uma posição confortável para dormir e reduzir a dor lombar, algumas precisam lidar com uma queixa bem comum: o nariz entupido ou escorrendo.

A situação pode ser consequência de alterações hormonais comuns na gestação, com aumento do volume de sangue nos vasos sanguíneos dentro do nariz, o que favorece a maior produção e acúmulo de secreções e aumento dos cornetos deixando o nariz entupido ou pode haver alguma obstrução mecânica, como desvio de septo ou pólipos, no entanto, os tratamentos cirúrgicos para a obstrução nasal crônica, que costumam conferir grande melhora na qualidade de vida e de sono aos pacientes, são realizados fora do período de gravidez.

A gestante pode ter rinite alérgica, presente antes e que está piorando na gravidez ou ter rinite gestacional que é passageira (somente no período da gestação).

No caso das alergias, além do nariz entupido ou coriza, pode aparecer espirros e coceira nos olhos, nariz, garganta e ouvidos. As alergias na gravidez são imprevisíveis e podem melhorar ou piorar por conta própria. Muitas mulheres passam a ficar alérgicas a elementos que não causavam alergia antes da gravidez como, por exemplo, pó ou pelos de animais.

Nariz escorrendo ou entupido, sem qualquer outro sinal de resfriado ou alergia, é uma ocorrência comum da gravidez, conhecida como rinite gestacional. O problema chega a atingir até 30% das gestantes e pode aparecer em qualquer fase da gestação, principalmente entre o 2º e 3º trimestre de gestação. Por mais desagradável que esse tipo de entupimento nasal seja, ele não dura para sempre e, mais importante, não terá nenhum efeito prejudicial ao bebê.

Se o nariz entupido for acompanhado de espirros, tosse, dor de garganta, dor no corpo ou febre, provavelmente tem algum tipo de infecção, como resfriado, gripe ou sinusite.

Mais graves são as rinossinusites agudas ou crônicas, entre os sintomas estão febre, dor de cabeça ou no olho, catarro amarelo ou esverdeado, pressão no rosto, dor na face e alteração no olfato. O tratamento deve ser supervisionado pelo obstetra e otorrinolaringologista.

Mesmo com a tendência a desaparecer após o parto, é recomendável ter alguns cuidados para aliviar os sintomas e prevenir complicações. O médico Otorrinolaringologista deve ser consultado e indicar tratamento adequado.

Aqui estão algumas medidas para deixar as secreções mais fluidas e facilitar a sua eliminação, por exemplo:

• Tomar um banho com água mais fria, pois a quente pode piorar os sintomas alérgicos
• Inalar vapor da água, assoando e lavando o nariz
• Lavar o nariz com solução salina, usando um lavador nasal que pode-se comprar em farmácias ou drogarias
• Beber cerca de 1,5 a 2 L de água por dia
• Aumentar o consumo de alimentos ricos em vitamina C para fortalecer o sistema imune, como goiaba, brócolis, laranja ou morango
• Evitar ambientes onde há fatores que irritam a mucosa nasal, como fumaça de cigarro, tinta, produto químico, ácaro, proteína da descamação da pele de animais, fungos, baratas
• Umedecer o ambiente, mantendo-o limpo e arejado
• Elevar a cabeceira da cama

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