O inverno e a baixa umidade

28 de junho de 2022 556 visualizações
Postado 2022/07/21 at 9:12 AM
Foto: Marcelo Camargo / Arquivo Agência Brasil

O inverno está aí, trazendo dias frios e baixa umidade do ar, maior concentração de poluentes e mudanças bruscas no clima, que favorecem a proliferação de doenças respiratórias. O maior malefício da baixa umidade do ar é a desidratação das células, principalmente da pele e das mucosas.

Narinas e olhos ressecados, cansaço e dor de cabeça são sintomas que podem aparecer quando faltam água e sais minerais no organismo. Para quem sofre de alergia respiratória, o inverno traz desafios para o controle de doenças como asma e rinite. Nesta época do ano, como as pessoas alérgicas passam mais tempo em ambientes fechados para evitar o resfriado e o frio, e ficam expostas a diversas substâncias alérgicas, é preciso ter cuidado redobrado com fungos, ácaros, poeira, pelos e saliva de pets , bem como mofo e bolor.

Vírus e as bactérias se aderem mais facilmente a uma célula ressecada. Na respiração, o organismo precisa de água para umedecer o ar que entra no corpo. Sem a umidade, o muco, que ajuda a proteger o organismo de infecções, fica muito espesso e não consegue limpar as vias aéreas adequadamente.

Nos meses mais frios do ano, temos um aumento dos casos de rinite e sinusite devido ao clima frio e seco, que atuam como fatores irritativos da mucosa nasal. O tempo seco desidrata a mucosa, desencadeando um processo inflamatório, que pode virar uma rinossinusite.

Tanto crianças como adultos estão vulneráveis a contrair infecções de vias aéreas durante o inverno, como dor de garganta, otite, rinite e a sinusite. Embora alergia e resfriado tenham sintomas parecidos, é importante ficar atento para buscar o tratamento mais adequado.

A rinite é uma inflamação da mucosa nasal e é caracterizada por: obstrução nasal, secreção ou corrimento nasal, espirros, coceira nasal e diminuição do olfato.

A rinite alérgica é a forma mais comum da doença, induzida por inalação de alérgenos, tais como ácaro, mofo e poluição.
Nestes casos, recomenda-se deixar os cômodos da casa limpos e arejados, a roupa de cama limpa para evitar acúmulo de poeira, e deixar entrar sol o máximo possível, além de realizar o tratamento adequado.

Há outros tipos da doença, como por exemplo, as rinites infecciosas, causadas por vírus e, menos frequentemente, por bactérias. Neste caso, é importante lavar bem as mãos, principalmente, em lugares muito fechados e cheios de pessoas. O uso do álcool gel pode ajudar.

A sinusite pode ser aguda, geralmente, decorre de um processo inflamatório iniciado no nariz, e pode durar até 12 semanas, com desaparecimento completo após o tratamento. Ao ultrapassar este período, já é considerada sinusite crônica.

A sinusite crônica pode apresentar Polipose Nasossinusal, neste caso, a mucosa do nariz e dos seios da face têm predisposição para a formação de pólipos. Esses obstruem os óstios de drenagem dos seios nasais, favorecendo o acúmulo de secreções e infecção bacteriana.

A rinite e a sinusite apresentam sintomas semelhantes, porém a sinusite geralmente é uma complicação de uma crise de rinite viral, infecciosa ou alérgica que teve um tempo prolongado de duração, ocasionando secreção espessa e purulenta, dor no rosto, tosse e dor de cabeça.

Rinossinusite é todo processo inflamatório da mucosa da cavidade nasal e dos seios paranasais. Essa resposta inflamatória representa uma reação a um agente físico, químico ou biológico (bacteriano, fúngico ou viral), ou também pode ser decorrente de mecanismos alérgicos.

Atualmente, o termo rinossinusite é usado com consenso entre os especialistas, já que rinite e sinusite são frequentemente doenças em continuidade. Assim, podemos ter um episódio de rinite isolado ou que pode se estender para os seios da face, caracterizando uma rinossinusite.

Beber pelo menos 2 litros de água por dia, hidratar as narinas com soro fisiológico, pingar colírio nos olhos, espalhar toalhas molhadas e bacias de água pelo quarto são algumas medidas para combater as doenças causadas pelo ar seco.

Ao perceber alguns dos sintomas, o primeiro passo é procurar um médico otorrinolaringologista, alergista ou imunologista. Em casos mais graves, é recomendado buscar atendimento em um pronto-socorro o mais rápido possível. É importante também evitar lugares fechados com muitas pessoas, mofo e cheiros fortes de produtos com química e poeira.

Para evitar as doenças, é necessário sempre manter a higiene das mãos e evitar o contato delas com os olhos, nariz e boca. Usar soro nasal e beber muita água para limpar diariamente o nariz, também favorece o combate desses problemas.

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