Operação em cinco estados prende 8 pessoas por fraude em comércio online

25 de agosto de 2022 521 visualizações
Postado 2022/08/25 at 8:32 AM
Polícia Civil

Elijonas Maia

Investigadores da Coordenação de Repressão às Fraudes da Polícia Civil do Distrito Federal (Corf/PCDF) deflagraram, na manhã desta quinta-feira (25/8), a segunda fase da Operação Tracking e cumpriram oito mandados de prisão e 11 de busca e apreensão em cidades do Rio Grande do Sul, da Bahia, de Goiás, Minas Gerais e Pernambuco. Cerca de 40 policiais civis do DF foram a outros estados cumprir as prisões, com apoio das polícias das outras unidades da Federação.

A ação tem o objetivo de interromper um sofisticado e vantajoso esquema ilegal de negociações fraudulentas de etiquetas de PLPs (pré-lista de postagem de encomendas do Correios). Segundo a polícia, trata-se do maior grupo criminoso que comete este tipo de golpe no Brasil. Eles atuam desde 2018 e, com dados falsos e ataques cibernéticos às plataformas de e-commerce, geram códigos de postagem, os quais são vendidos aos comerciantes atacadistas de todo o Brasil.

Os pacotes destes comerciantes finais, maiores e mais pesados, são despachados com essas etiquetas e a diferença do frete é cobrada das plataformas em que foram gerados os códigos. O prejuízo calculado, até agora, para as empresas digitais está em torno de R$ 5 milhões.

Durante a primeira fase da Operação Tracking, em dezembro de 2021, foram localizados nos celulares e computadores dos investigados mais de 5 mil etiquetas prontas para serem vendidas, inúmeras conversas sobre o esquema criminoso e centenas de chips de celular para serem usados na fraude. Foi apurado ainda que há receptadores das etiquetas nos 26 estados da Federação e no Distrito Federal.

“Para os consumidores, o frete grátis é um grande atrativo ainda mais neste período de crise financeira. O problema é que não existe serviço sem custo e neste caso, se o comprador não está pagando, é a plataforma de e-commerce que assume esse preço. A atuação do grupo criminoso causa enorme prejuízo ao comércio eletrônico lícito e aos vendedores online de menor porte, os quais não conseguem competir com os comerciantes que se utilizam do esquema criminoso e não cobram pela entrega de seus produtos”, explicou a delegada Isabel de Morais, chefe da Difraudes, ao Blog do Elijonas.

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