Surdez na Terceira Idade

9 de agosto de 2022 523 visualizações
Postado 2022/08/09 at 10:28 AM

A diminuição da audição acontece com o avanço da idade e faz parte do processo de envelhecimento natural do indivíduo. Esses casos recebem o nome de presbiacusia. A partir da quinta ou sexta década de vida, a pessoa passa a não ouvir com a mesma perfeição de quando tinha 20 anos, devido à morte de algumas células auditivas.

A hereditariedade e a exposição ao ruído intenso são fatores que predispõem à surdez. Existem outras circunstâncias que podem acelerar esse processo, fatores de risco como: diabetes, pressão alta, tabagismo e uso excessivo de álcool.

A surdez também pode ser consequência de tumores e outras doenças. Por isso, antes de afirmar “é da idade”, o melhor que se tem a fazer é a investigação diagnóstica com o otorrinolaringologista.

Muitas vezes, a própria pessoa não consegue perceber sua condição, isto porque a perda auditiva é gradual e ela começa a se habituar. É aí que entra a ajuda do acompanhante em observar os pequenos sinais, como: zumbido, dificuldade de entender a fala, dificuldade de conversar em ambientes ruidosos, desconforto na presença de som alto, voz masculina (grave) mais fácil de ser entendida do que voz feminina (agudo), isso porque a queda da audição,geralmente, se inicia nas frequências agudas.

Não existe um tratamento que previna ou cure a perda de audição nos idosos, mas existem algumas opções para tratar a perda auditiva. São elas: próteses auditivas e, em alguns casos, cirurgias.

Como consequência da redução da audição, o idoso acaba se afastando e evitando o convívio social, podendo apresentar sintomas de depressão. Há estudos que também relacionam a presbiacusia (diminuição auditiva relacionada ao envelhecimento) não tratada a doenças como o Alzheimer. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), um terço das pessoas acima de 65 anos têm dificuldades para ouvir e quase metade dos idosos nesta faixa etária têm o problema. Sem diagnóstico, a privação auditiva pode agravar a saúde física e emocional.

Infelizmente, há preconceito ou resistência dos próprios idosos em aceitar algum tipo de tratamento. Por isso, a família precisa ficar atenta aos primeiros sinais e oferecer apoio durante o processo. É importante explicar, por exemplo, que com a melhora da audição com a utilização de um aparelho auditivo, faz com que a pessoa se sinta mais segura para realizar as atividades do dia a dia, inclusive ouvir os sinais de alerta e defesa (sons de alarmes, buzinas, por exemplo) e entender melhor as conversas diárias.

O tratamento é individualizado, com abordagem multiprofissional, otorrino e fonoaudiólogo e, por vezes, um psicólogo.

O diagnóstico precoce é importante pois ajuda na prevenção de complicações associadas à perda auditiva como depressão, dificuldade de comunicação, risco aumentado de demência, desequilíbrio ocasionando quedas, aumento do desgaste emocional, entre outros. É importante que o paciente entenda que o tratamento trará mais independência e melhor qualidade de vida para ele.

Aproveitando o “Dia dos Pais” nesta semana, que deveria ser todos os dias do ano, ter os pais ao lado é um dos presentes mais valiosos de Deus. Cuide deles na velhice com muito amor e respeito. Entenda seus limites e doenças e o ajude.

Feliz Dia dos Pais!!!

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