Você sabe quais as diferenças entre rinite e sinusite?

4 de julho de 2022 554 visualizações
Postado 2022/07/21 at 9:07 AM
Foto: Shutterstock

Muitas vezes, sintomas como obstrução nasal, coriza, espirro, dor de cabeça e tosse podem confundir com gripe, resfriado, sinusite ou rinite. Isso pode prejudicar a busca por tratamento adequado. Mas é fundamental saber a diferença entre rinite e sinusite para saber tratar, pois a automedicação é bastante frequente, agravando o problema em algumas situações. No início, o medicamento sintomático pode até melhorar as queixas, porém, um quadro agudo pode se tornar um problema crônico e trazer bem mais incômodo.

O recomendado é procurar um médico especialista para fazer o tratamento adequado para sinusite ou rinite, aguda ou crônica.

A sinusite é uma inflamação da via aérea na região da face, nas cavidades que se comunicam com o nariz e olhos. Essa área é conhecida como seios paranasais, daí o nome da doença. Ela costuma acontecer de maneira secundária, decorrente de uma inflamação respiratória, que pode ser viral ou alérgica, que bloqueia a drenagem de secreção pelo inchaço do canal de comunicação. Assim, os tratamentos sintomáticos, usados para a infecção inicial, param de funcionar.

A sinusite pode ser:

aguda: os sintomas permanecem por um período de até 12 semanas;

crônica: o problema persiste por mais de 12 semanas, podendo ser reincidente ou constante.

A rinite é uma inflamação da mucosa da garganta e do nariz, podendo se estender aos olhos e ouvidos. Causa muita coceira no nariz, lacrimejamento nos olhos, congestão nasal, coriza, espirros, dor e coceira na garganta. Tem diferentes origens. A mais comum é a rinite alérgica, causada pela exposição a substâncias alérgenas, como ácaro, fumaça de cigarro, pólen, poeira, fungos, produtos químicos, pelos de animais domésticos, entre outras. A doença pode aparecer em crianças ou na fase adulta, e tem a hereditariedade como fator de risco. Já o resfriado, que também é considerado uma rinite, tem origem viral. Esses casos costumam ser agudos, desaparecendo com o tratamento sintomático ou espontaneamente.

O resfriado é considerado rinite aguda e infecciosa, pois tem duração de 5 a 15 dias, já a rinite alérgica é crônica, aparecendo sempre que a pessoa entra em contato com um agente irritante.

A pessoa que apresenta inflamação crônica na mucosa nasal devido à alergia, pode se infectar com vírus e bactéria quando tem baixa imunidade ou por mudanças repentinas de temperatura por exemplo.

A principal diferença entre sinusite e rinite é o local onde elas acontecem. Enquanto a rinite é uma inflamação das fossas nasais, a sinusite acontece nos seios da face, em torno do nariz. Os sintomas de ambas podem confundir. É comum também a rinossinusite, ou seja, a pessoa tem rinite e sinusite simultaneamente.

Sintomas comuns da rinite:

espirros;

coceira intensa no nariz;

coriza, com secreção clara e abundante;

obstrução nasal;

coceira e lacrimejamento nos olhos;

irritação no ouvido, no céu da boca e na garganta;

sangramento nasal.

Já a sinusite pode apresentar os seguintes sintomas:

pressão ou dor na face;

redução ou perda do olfato;

dor de ouvido e no maxilar;

tosse;

febre;

inflamação na garganta;

mau hálito;

náusea;

fadiga.

Fatores de risco para rinite:

histórico familiar da doença;

existência de outras doenças alérgicas, como asma, conjuntivite e dermatites;

baixa imunidade;

tabagismo passivo;

variação de temperatura ambiente;

desvio de septo e outras deformações no nariz.

Fatores que podem aumentar o risco à sinusite:

pólipos nasais, que bloqueiam a passagem de ar do nariz para os seios da face;

reações alérgicas e alergias respiratórias crônicas;

desvio de septo nasal;

trauma na face, como a fratura de algum osso que contribua para obstrução das vias nasais;

baixa imunidade, inclusive, relacionada a doenças;

infecções odontológicas;

tabagismo passivo;

infecções respiratórias, como gripes e resfriados comuns.

O diagnóstico de rinite e sinusite pode ser clínico, com a avaliação dos sintomas e o exame físico realizado pelo médico. Em alguns casos, pode ser necessário fazer exames, como endoscopia nasal e tomografia de seios paranasais.

Dicas para evitar as crises:

evitar carpetes, cortinas, almofadas, tapetes ou qualquer outro item decorativo que possa acumular poeira;

retirar a poeira dos móveis regularmente, apenas com pano úmido. Evitar vassoura ou espanador, que podem espalhar ainda mais o pó;

manter os cômodos arejados para evitar a proliferação de fungos e ácaros;

usar máscaras durante a limpeza;

usar produtos sem perfume ou neutros;

trocar a roupa de cama uma vez por semana e colocar o colchão para arejar;

evitar ar livre em dias com muito vento;

inspirar vapores de ervas, como eucalipto e camomila;

evitar colocar o dedo no nariz, para não levar para a região microrganismos causadores de infecções

reforçar suas defesas com uma boa alimentação e atividade física;

beber bastante líquido;

neste período da seca, o uso de umidificador ou bacias com água dentro dos cômodos da casa para deixar o ambiente mais úmido

Algumas medidas para lidar com os sintomas:

aplicação de solução salina nas narinas para limpeza da secreção nasal;

uso de corticoide nasal;

corticoides orais ou injetáveis, quando os sintomas são mais intensos;

antialérgico em comprimido ou em spray nasal;

antibióticos, quando a sinusite é causada por bactérias;

procedimento cirúrgico para desobstrução da face.

A cirurgia, por exemplo, costuma ser recomendada apenas para os casos crônicos e persistentes, depois que outras medidas não foram eficientes.

Por Sanny

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