Após a primeira suspeita de febre maculosa em quatro anos, as medidas de segurança estão sendo movimentadas no Distrito Federal (DF). Em nota encaminha a Atividade News, a Secretaria de Saúde (SES) afirma que a Diretoria de Vigilância Ambiental (DIVAL) já foi acionada para averiguação do possível local de contaminação, parques e trilhas.
A pasta reforçou que a região não é uma região endêmica para grandes incidências de doenças relacionadas ao carrapato, meio de propagação da febre maculosa. “O DF está vigilante fazendo o manejo ambiental e, dessa forma, conseguindo evitar o carrapato e, consequentemente, a doença proveniente do mesmo”, detalhou a SES.
As orientações de prevenção a doença, até o momento, são:
- Preferir o uso de roupas claras para identificar o carrapato com facilidade;
- Evitar passear com os animais domésticos em locais suspeitos e, em casos do passeio ocorrer, verificar se não há nenhum “preso”;
- Prezar que seu pet esteja com seus cuidados contra carrapatos em dias;
- Se um carrapato for encontrado, certifique-se que tenha o removido por inteiro com uma pinça e higienize a área com água, sabão e álcool.
Segundo o doutor Fabiano de Abreu Agrela, membro da Society of Biology no Reino Unido, o animal é somente o hospedeiro do carrapato. No caso, não é o animal doméstico ou silvestre que passa a doença. “Parasita [o carrapato] pode aderir os seres humanos e diversos animais, se alimentam do sangue do hospedeiro e, nesse processo, pode transmitir a doença”, explica o especialista.
Febre maculosa na Capital
A doença associada ao carrapato de animais domésticos e silvestres parte de uma bactéria conhecida como Rickettsia. No DF, antes do caso em investigação nesta última segunda-feira (11), outros casos foram confirmados em 2012, 2013, 2016 e 2019. No total, foram cinco positivos para a febre maculosa. O último registro de óbito relacionado à doença aconteceu há 20 anos atrás.
O caso desta segunda-feira (11) aponta uma possibilidade da febre em uma criança que foi atendida no Hospital Santa Lúcia Sul. A primeira amostra já está em apuração e uma segunda etapa deve ser realizada dentro de 14 a 21 dias. Após essas etapas, o resultado deve ainda ser encaminhado para a Fundação Ezequiel Dias em Minas Gerais (MG).
Apesar de toda a situação, a criança já teve alta e está em casa. Em casos de sinais suspeitos como os seguintes, procure ajuda médica. O especialista, Fabiano de Abreu Agrela, reforça que a doença atinge principalmente o fígado e os rins.
- Diarreia;
- Febre alta;
- Dores de cabeça e no corpo;
- Náusea e vômito;
- Inchaço;
- Confusão mental;
- Perda de Apetite.