Retomamos a coluna semanal! Que pode ter mais edições, conforme fatos e motivação diária. Como sempre, tratando de esportes, principalmente futebol e esportes americanos. Se não cansar os leitores, sem arremates de paixão e fugindo da polarização inútil que impede o debate, falando um pouco de direito e dia a dia.
Já chegando na terceira rodada do Campeonato Brasileiro, pós estaduais sem brilho ou surpresas, o ano parece caminhar para repetir favoritos dos anos anteriores: Flamengo, Palmeiras, Atlético-MG (que será chamado de Galo) e Fluminense. Correndo por fora, Grêmio e Inter. E como potenciais intrusos, RB Bragantino e Atlético-PR. Mas, e o Botafogo? Depende de estabilizar a sua gestão do futebol para que consigam enxergar algumas necessidades de melhoria de elenco. Não parece ser o caso, já que seu dono prefere se manter numa cruzada exagerada contra juízes pela derrota humilhante do ano passado, após abrir liderança que deveria ser imperdível.
Falemos um pouco, já que é tema recorrente da semana, Textor e sua “jornada”. Ninguém aqui quer dizer que não existem problemas graves na gestão do futebol brasileiro, desde falta de transparência na gestão da CBF, suas eleições, federações estaduais, principalmente em divisões inferiores. Mas o nível das acusações feitas, sobre manipulação em jogos da divisão principal, até então sem provas, é um absurdo e parece uma tentativa de desvalorizar o futebol do país e esconder falhas da sua gestão esportiva. Até que sejam esclarecidos os critérios do tal estudo de inteligência artificial nos jogos analisados, não dá para ser levado a sério. Imagine-se, inteligência artificial avaliando decisões instantâneas e rápidas dos jogadores, é uma baita injustiça com os atletas que estão no calor do jogo! Sem falar no tal áudio de árbitro de quarta divisão no RJ, é um escárnio né.
BOLA ROLANDO
Já que hoje é quinta, com rodada da Libertadores, vamos falar de bola rolando né.
O Flamengo foi na altitude com time mesclado, inexplicavelmente, já que tinha poupado jogadores na rodada do Brasileirão contra o Palmeiras (rival direto, como assim?). Perdeu, não jogou mal, e se buscasse um pouco de organização tática (mais difícil quando se muda o time demais), poderia ter empatado ou ganhado. Tite tem o melhor elenco do país na mão, mas não parece entender a necessidade de jogar sempre para vencer.
E o Palmeiras, sempre resiliente, joga para o gasto, mas tem efetividade na sua organização e intensidade de buscar o ataque, e conseguiu a virada no fim. Tem de ser dito, mesmo em dia ruim dos jogadores, o Abel consegue trazer concentração e obediência tática ao time, mantendo o time no jogo até obter o resultado.
O Botafogo venceu em casa, sem muito esforço, mas já mostrando evolução com o novo treinador. Resta saber como evoluir quando se chegar no limite técnico dos jogadores do elenco. Mas falta muito tempo no ano ainda.
O Galo continua sua boa campanha, um time que mudou da água para o vinho após a saída do retrógrado Felipão. Mas que tem mostrado dificuldade de segurar resultado no segundo tempo. Talvez uma falta de fôlego, resultado de uma preparação ruim com o treinador anterior, provavelmente. Mas que Milito trouxe nova mentalidade, de movimentação, compactação e intensidade de ataque ao Galo, está claro. É aguardar para ver como o elenco evolui, já que carece de banco de reservas mais capacitado para as exigências da forma de jogar pedida pelo treinador. Certo é que se saiu de um time muito espaçado e mal posicionado em campo, desanimado com Felipão, para um novo time, novo ânimo! E Scarpa voltando a encantar, jogando onde sabe melhor. Essa ótima evolução deveria motivar os donos da SAF do Galo a investir, falta pouco pro time nivelar com Palmeiras e Flamengo, e tem o novo Mundial da Fifa vindo aí. Surreal não se ambicionar essa vaga, que é milionária!
AS LIÇÕES DE FORA
Milionária como as ligas americanas (que, na verdade, são bilionárias, vide link de coluna antiga aqui: https://atividadenews.com.br/as-licoes-ignoradas-dos-esportes-americanos/ ), como a NBA, que chega aos playoffs, último ano de contrato com a mídia, e pretensão de se triplicar os valores de direitos. A se refletir, sempre, mas tema das próximas colunas.
