A autoestima é a satisfação com sua aparência física ou com sua própria identidade, com seu modo de ser, de pensar, ou seja, uma pessoa que confia em suas ações e opiniões, valorizando a si mesmo. Ela é também um importante indicador de saúde mental por interferir nas condições afetivas, sociais e psicológicas do indivíduo.
A construção da autoestima inicia na infância e adolescência, influenciando no desenvolvimento da saúde física e mental/emocional. A sociedade impõe a boa aparência para a aceitação de um indivíduo. A questão da autoimagem, e da distorção da mesma, afeta a autoestima, principalmente da pessoa que acredita estar fora do padrão de beleza socialmente imposto, e se incomoda com isso. A busca pela beleza pode acabar se tornando uma verdadeira angústia, frustração e sentimento de culpa, desenvolvendo depressão, timidez e insegurança.
O cuidado com o corpo, com a imagem, não é novidade na história. O físico é super valorizado e se vivencia uma idolatria ao corpo. O padrão de beleza é influenciado pela sociedade, mídia e cultura. Corpo musculoso, definido, magro, pode ser resultado de academia, cirurgia, tratamento estético, dietas milagrosas, procedimentos que apresentam risco à saúde, como o uso de medicamentos sem prescrição médica, por exemplo, os emagrecedores, estimulantes, drogas, uso abusivo de álcool, anabolizantes ocasionando vários problemas de saúde relacionados com fatores de risco cardiovasculares e funcionamento do fígado.
O conceito de beleza sofre uma grande influência da indústria da moda, valorizando a magreza que possa ser desejada e perseguida. As pessoas se percebem na obrigação de atingir esse padrão, independente dos recursos a serem utilizados. Quando ocorre um fracasso entre o corpo real e o corpo ideal há perda da autoestima e insegurança. O sentimento de rivalidade e comparação com as pessoas que apresentam “o corpo perfeito” afeta o comportamento, chegando a se tornar antissocial pois, muitas vezes, se sente discriminada, julgada, fracassada, incapacitada e desvalorizada.
As indústrias de cosméticos geram necessidades, vendendo beleza em seus produtos, potencializando a cultura de consumo.
O problema está na forma de como algumas pessoas constroem sua imagem, negando a mesma, iniciando um caminho de frustração, pois estará em busca de uma beleza, nem sempre atingível, fazendo relação com o padrão de beleza atual, desconsiderando sua genética e individualidade, desta forma sentem-se feias e inseguras.
As pessoas devem buscar o cuidado com o seu corpo e sua imagem, e podem se beneficiar dos mais variáveis recursos que contribuem para o aumento da sua autoestima, buscando elevar a importância de se aceitar como é, e buscar outras formas de se adquirir bem-estar, que não se resumem somente a padrões estereotipados de beleza.
